Introdução ao Plano de Controle

O plano de controle é fundamental para qualquer empresa que deseja ter sucesso.

Grande parte das empresas buscam reduzir os custos e eliminar os desperdícios nos seus processos. Para conseguir alcançar esses objetivos elas fazem uso de métodos.

Uma ilustração sobre o plano de controle

Através dos métodos, além de conseguir atingir as metas iniciais elas ainda conseguem manter a qualidade em alto nível e isso é o que faz alcançar o sucesso.

Qual consumidor que não gostaria de adquirir um produto ou serviço com o mais alto nível de qualidade? Não existe esse.

Um desafio para as empresas é que os custos com as matérias-primas sempre estão aumentando, assim como os da mão-de-obra e dos equipamentos.

O plano de controle é um dos métodos que as empresas adotam com o intuito de conseguir as reduções desejadas sem deixar a qualidade de lado.

Vamos conhecer melhor ele e entender como ocorre seu funcionamento dentro de uma empresa?

Tabela de Conteúdo

O que é o Plano de Controle?

O Plano de Controle nada mais é que um documento que contém a descrição das ações que serão adotadas em cada fase do processo para que suas saídas atendam aos requisitos pré-determinados.

Essas ações podem ser verificações de qualidade, monitoramento dos parâmetros utilizados no processo, inspeções ou medições.

Em resumo, esse método contém as informações necessárias para que o inspetor ou o operador consigam fazer um controle adequado do processo, seja na montagem de qualidade ou na produção de peças.

Nesse documento também deve conter as instruções do que deve ser feito caso seja detectada uma não conformidade.

Isso quer dizer que esse método substitui as instruções bem detalhadas do operador? Óbvio que não.

Pode existir casos em que o Plano de Controle pode ser utilizado em conjunto com a lista de verificação ou com a folha de inspeção.

Afinal, seu intuito é garantir a manutenção da qualidade do processo nos casos que haja rotatividade de funcionários.

Inicialmente, o plano de controle foi no setor automotivo e posteriormente chegou à indústria. O melhor é que essa técnica não se aplica a apenas um tipo de processo.

É possível aplicá-la nos processos transacionais, back-office, setor de serviços entre tantos outros.

O intuito de utilizá-lo é garantir que o processo tenha suas otimizações implementadas possuindo como ponto de partida as melhorias contínuas.

Ou seja, um padrão é estabelecido através desse documento para que o monitoramento do processo e a inspeção da qualidade possam ser feitas seguindo um padrão.

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Qual o objetivo da metodologia?

O Plano de Controle tem por objetivo fazer o monitoramento dos processos, a fim de assegurar que, qualquer tipo de melhoria que ocorra seja mantido no ciclo de vida que a peça ou produto possui.

Hoje em dia, esse documento não se limita a uma área, pois seus benefícios são muito interessantes e benéficos a qualquer empresa.

Por isso, diversos setores já o adotam, como é o caso do Aeroespacial, Automotivo, Equipamentos Pesados, Equipamentos Agrícolas entre tantos outros.

Para os fornecedores de peças para a indústria, o Plano de Controle é utilizado frequentemente como PPAP ou Processo de Aprovação de Peça de Produção.

A utilidade desse plano é reconhecida por todos, mas quando o assunto é sustentar as ações corretivas ou promover a melhoria do processo por um período longo ele fica um tanto aquém.

Não é incomum que gradualmente o processo retorne ao estado anterior e que, com isso, os antigos problemas ressurjam.

Padrões de qualidade

Como já vimos, o Plano de Controle trata-se de um método que é utilizado para fazer a documentação dos elementos funcionais presentes no controle de qualidade que precisam ser implementados.

É através dessa implementação que os padrões de qualidade são garantidos, seja para um serviço ou produto específico.

Seu intuito é simples e objetivo: formalizar e documentar aquele sistema que será utilizado para realizar o controle.

Se tomarmos como exemplo o setor automobilístico, percebemos que seu plano para o controle faz uso do Processo de Aprovação de Peças de Produção, o PPAP. Ele é utilizado quando um processo é alterado ou um novo é implementado.

As consistências desses planos devem ser mantidas, pois isso é o que vai fazer com que sejam refletidas as atualizações assim que ocorrerem. O Plano de Controle é composto por três fases que veremos a seguir.

Fases do Plano de Controle

O Plano de Controle é composto por três fases que fazem o detalhamento das atividades.

Tais atividades possuem relação com o desenvolvimento do produto, com os processos produtivos e com os fornecedores. São eles:

Protótipo

Se aplica quando um componente encontra-se na fase inicial do seu desenvolvimento.

Nisso estão inclusas as descrições das medidas, dos materiais e dos testes de desempenho ocorridos enquanto o protótipo estava em desenvolvimento.

Pré-lançamento

Após a conclusão da fase de protótipo para um componente tem-se início a do pré-lançamento. Entretanto, ainda não há uma aprovação da produção completa.

Nela estão inclusas as medições das dimensões, os materiais e os testes de desempenho que foram realizados quando a fase de protótipo foi concluída.

Produção

Somente quando um componente encontra-se em plena produção é que esta fase é iniciada.

Esse plano é mais abrangente e contém as características, os testes, os controles de processo e as medições que foram realizadas em toda a produção.

Formato do plano de controle

Uma série de informações devem estar contidas no Plano de Controle. Algumas delas podem até serem subtraídas, mas outras não podem faltar.

As informações mínimas que precisam estar presentes nesse método são:

Informações gerais relacionadas as peças e aos fornecedores

Informações como o número da peça, o nome do fornecedor e suas informações de contato, bem como as datas que ocorreram a aprovação e a revisão não devem faltar nesse documento.

Etapas que envolvem o processo e o equipamento de suporte

O nome e a descrição do processo descrevendo de forma detalhada o processo que foi realizado em cada etapa.

O número da peça e o processo correspondem às etapas que compõem o PFMEA, que é o Modo de Falha do Processo e a Análise de Efeitos além do diagrama de fluxo pertencente àquele processo.

Também deve conter os números de referência das ferramentas, dos dispositivos e das máquinas especiais que foram usadas na execução da etapa do processo.

Características do processo e do produto

  • O número da característica que é uma referência numérica única para cada característica verificada;
  • Característica do processo ou do produto, apenas um deles já é o suficiente;
  • Nos casos que a característica que está sendo verificada pertença a um produto, deve haver uma descrição na caixa do produto;
  • Caso a característica verificada pertença a um processo a descrição deve ser preenchida na caixa do processo;
  • Coluna de características críticas deve ser utilizada para fazer a identificação por meio de simbologia específica da organização ou do cliente. Essas características possuem relação com a legislação, a segurança, o funcional e são aplicáveis aos componentes e aos veículos.

Métodos de controle

  • Frequência da amostra trata-se do intervalo de coleta de cada amostra como, por exemplo, a cada hora;
  • Tamanho da amostra representa o número das amostras que uma parte ou processo possui e que foram coletadas para uma verificação da produção;
  • Amostra somente é utilizada quando o método de avaliação contém uma amostra;
  • Método de avaliação contém a descrição da técnica de medição que está sendo usada para fazer a avaliação de cada característica que está passando pela verificação.
  • Especificação e tolerância contêm essas características pertencentes a cada produto exclusivamente. Também contém as características do processo cuja verificação está sendo realizada naquele momento;
  • Plano de reação é a descrição das ações que devem ocorrer caso uma condição inesperada surja;
  • Método de controle contém a especificação de como está sendo mantido o controle de cada característica.

Como o Plano de Controle deve ser desenvolvido?

Para que o Plano de Controle possa ser desenvolvido, é necessário ter uma equipe multifuncional que compreenda o processo que está passando por melhorias ou sendo controlado.

Com um time que contenha essas características, torna-se possível identificar uma quantidade maior de oportunidades que promovam a melhoria do processo.

Esse método conta com um formulário que deve ser preenchido como já vimos alguns pontos essenciais que não devem faltar. Entretanto, ele não se trata apenas de um formulário.

Mas de um plano que a equipe desenvolve com o intuito de controlar o processo e fazer com que as peças produzidas sejam de qualidade e atendam aos requisitos do cliente.

Várias fontes podem dar origem às informações que ficam contidas nesse plano e algumas delas são:

  • PFMEA ou Análise de Modo e Efeitos de Falha de Processo;
  • DFMEA ou Modo de Falha de Designe e Análise de Efeitos;
  • Diagrama de Fluxo de Processo;
  • Matriz de Características Especiais;
  • Design Reviews;
  • Lições Aprendidas de Partes Semelhantes;
  • Controle Estatístico de Processo;
  • Problemas de Campo ou Garantia;
  • Conhecimento da Equipe sobre o Processo.

Durante o ciclo de vida que um produto possui ocorrem mudanças nas informações que estão contidas nessa lista ou pode acontecer do seu conteúdo acabar crescendo.

A partir daí pode-se chegar a conclusão que o Plano de Controle é um documento vivo, pois deve ser atualizado conforme novas informações vão surgindo.

Seção de Características

Uma das seções presente no Plano de Controle é a seção de características.

Ela contém a descrição das características particulares que o produto ou o processo possuem e que podem necessitar de controle e documentação.

Em compensação, a característica pode ter relação com o produto ou processo enquanto que seus dados pode ser de atributo ou variáveis.

Geralmente, a diferença existente entre as características do processo e do produto é um tanto confusa quando o Plano de Controle é concluído.

A seção de características possui os seguintes pontos:

  • Número – corresponde às informações do fluxo do processo, impressão numerada ou instruções de trabalho;
  • Produto – características físicas ou propriedades da montagem ou componente que está descrito no desenho. A equipe determina quais características são chave ou críticas;
  • Processo – contém a identificação das principais características do processo. A origem delas ocorre no PFMEA ou a partir do conhecimento que a equipe possui quanto ao desempenho do processo;
  • Classificação especial de característica – contém uma lista de designações que é formada por: D de Design; P de Processo; R de Regulatório; OS de Operador de Segurança.

Seção de Métodos

A seção de métodos possui a especificação que será medida e o plano para a realização da coleta de dados e o controle do processo.

Seus dados podem ser de atributo ou variável.

  • Especificação do processo/tolerância/produto – contém a tolerância e especificação de acordo com o que foi definido no desenho;
  • Técnica de medição/avaliação – identifica as ferramentas utilizadas para a medição, gabaritos, calibres e/ou equipamentos utilizados para o teste que avaliem as especificações das peças ou dos processos que foram listados na coluna especificação;
  • Tamanho da amostra – nos casos que a amostragem se faz necessária é preciso listar seu tamanho correspondente ou a quantidade de peças ou conjuntos que precisam ser avaliados/medidos no processo;
  • Frequência da amostra – nos casos que a amostragem é necessária a frequência que ocorre a coleta das amostras durante o processo precisa ser listada;
  • Método de prevenção/controle – os controles voltados para a prevenção e/ou os documentos necessários para que o operador conclua a etapa de processo devem ser listados;
  • Plano de Reação – contém a especificação das ações que são necessárias para que a produção dos produtos não conformes seja evitada;
  • Método de detecção/controle – esta é a coluna que contém críticas para que o Plano de Controle seja realmente eficaz. É nela que se encontra a lista com os controles de detecção que a equipe determinou nas atividades anteriores como o DFMEA e PFMEA. O Controle Estatístico de Processo (CEP), pode ter sua inclusão nos métodos, mas não há uma limitação quanto a isso.

Conclusão do Plano de Controle

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