Introdução à Gestão de estoque

A gestão de estoque é um dos itens mais importantes de uma empresa. Afinal é no estoque que se encontram os ativos de maior valor para a organização.

Mas e se o estoque não for gerido corretamente?

Na figura, temos funcionários realizando o Gestão de Estoque

Essa má gestão pode comprometer todo o empreendimento, principalmente a sua sobrevivência.

Já deu para perceber que o estoque tem uma grande importância em qualquer empreendimento, pois encontra-se no ativo. Mas ao mesmo tempo, ele também pode ser considerado um passivo.

Calma, não estamos falando no sentido contábil da coisa que, nesse caso, realmente se trata de um ativo já que é um bem para empresa.

Quando uma empresa mantém um estoque considerável ela corre alguns riscos. Os que mais costumam acontecer são: roubo, deterioração, obsolescência ou danos.

Quando se trata de produtos perecíveis qualquer uma dessas coisas pode acontecer, até mesmo a perda do produto.

Por tudo que já foi falado aqui deu para perceber o quão importante é a gestão de estoque para uma empresa.

Detalhe: sua importância não se torna menor porque a empresa é pequena. Independentemente do tamanho que ela tiver, o gerenciamento de estoque é de vital importância.

Afinal, é a partir daí que se sabe o que precisa ser adquirido, o preço que será comercializado entre tantas outras coisas.

Essa é realmente uma tarefa complexa, mas delicada. Vamos conhecer um pouco mais sobre ela.

Tabela de Conteúdo

O que é a Gestão de estoque?

Toda empresa que se preze deve gerir seu estoque para evitar alguns problemas e riscos. Mas o que é a gestão de estoque?

Esta é uma prática cujo principal objetivo é organizar e administrar os recursos materiais que uma empresa possui.

Que materiais seriam esses? Os produtos acabados, matérias primas, peças para a reposição de suas máquinas pertencentes a linha de produção. Esses são alguns ótimos exemplos.

É graças ao estoque que uma empresa consegue atender seus clientes mais rapidamente.

Mas para que isso seja possível, é preciso conhecer cada item que se encontra em estoque, a quantidade de cada um deles e também registrar suas entradas e saídas.

Mas por que se preocupar tanto em gerir bem aquilo que está armazenado? Isso é fundamental para não gastar dinheiro demais já que aquilo que se encontra estocado trata-se de um dinheiro parado.

Quando se tem um estoque muito grande parado o capital de giro é impactado diretamente e consequentemente a empresa não vai gerar lucro.

Sabe o que isso quer dizer? Quando uma organização consegue fazer uma boa gestão de estoque seu setor financeiro acaba sendo ajudado de forma direta já que gastos desnecessários e desperdícios são reduzidos.

O que é o Controle de estoque?

Certamente você já percebeu a importância da gestão de estoque, mas o que é o controle de estoque?

Esta é uma ferramenta que vai ajudar a fazer o monitoramento e também a administrar tudo o que for informação que tenha relação com o estoque.

Quando se define uma meta é possível fazer o levantamento da quantidade de peças prontas, matéria prima ou outro material que seja necessário para conseguir atingi-la.

Quando é feito um controle adequado tudo isso é possível saber e muito mais.

Com ele, é possível identificar o que deve ser adquirido para ficar no estoque e até quando deve sair, ou seja, o que está pronto para a venda.

Mas isso não é tudo, pois com o controle de estoque permite compreender qual o tipo de estoque ideal para a empresa e até mesmo a forma como será organizado.

Essas informações podem até parecer não ter muita importância, mas são elas que vão ajudar a evitar gastos desnecessários como, por exemplo, alocação dos recursos.

Já imaginou se o espaço destinado ao estoque for muito maior do que realmente é preciso? Isso vai gerar um desperdício de dinheiro que não é nada atraente para a empresa.

Também pode acontecer do espaço não ser o suficiente para comportar todos os itens e a saída do produto é pouca.

A empresa terá de fazer um retrabalho a fim de encontrar um local que seja mais adequado para o armazenamento do seu estoque. Isso é um verdadeiro pesadelo.

Principais métodos para a gestão de estoque

Na gestão de estoques existem diferentes métodos que podem ser utilizados para esse fim.

Os mais tradicionais se resumem a cinco e vamos ver a seguir:

PEPS

Essa é uma metodologia que tem como princípio de que as primeiras mercadorias a entrarem no estoque serão as primeiras a sair.

Isso faz com que os itens que estão em estoque não fiquem obsoletos.

É dessa premissa que se criou a sigla PEPS “Primeiro a Entrar, Primeiro a Sair”.

Atualmente, este é um dos métodos mais utilizados pelas empresas para a gestão de estoque.

A tendência é que esse modelo valorize os itens que se encontram armazenados no estoque já que, no mercado, os preços dos itens estão em constante aumento.

UEPS

Enquanto na metodologia PEPS o primeiro a entrar é o primeiro a sair, na UEPS é justamente o contrário, ou seja, o último a entrar é o primeiro a sair.

Dizer que aquele produto que foi incorporado mais recentemente ao estoque é o primeiro que será disponibilizado para venda.

As empresas que fazem uso de produtos perecíveis não devem adotar esse método para o controle de estoque.

Esse tipo de empresa necessita de métodos de controle muito mais elaborados, pois isso vai evitar que sofram com a perda dos produtos e avarias.

Nesse método de controle de estoque o custo das mercadorias que são vendidas são calculados a partir do valor dos produtos que entraram por último no estoque. Isso faz com que o lucro contábil se torne menor.

Por esse motivo, a Receita Federal proíbe essa prática para realização dos cálculos do Imposto de Renda.

Mas, se o objetivo de sua utilização for apenas gerencial, esse método pode ser utilizado sem problema algum.

Custo Médio

O Custo Médio também é conhecido por Média Ponderada Móvel. Este é um método que vai fazer a renovação dos valores do estoque todas as vezes que novos itens derem entrada.

Para fazer isso ele utiliza a média ponderada.

O que é a média? A média é um cálculo matemático que soma todos os valores e os divide pela quantidade de itens somados.

Para ser utilizado nesse método, realiza-se a soma referente aos valores dos produtos antigos aos dos produtos novos.

Em seguida, divide-se essa soma pela quantidade de itens que está disponibilizada no estoque.

Sabe qual tipo de empresa se sai muito bem com esse tipo de método de controle de estoque? Aquelas cujos valores dos itens estocados não sofrem grandes oscilações.

Mas isso não quer dizer que elas não devam adotar algum tipo de controle adicional, pois isso se faz necessário a fim de verificar como o estoque se encontra, se está subavaliado ou Super.

O método do Custo Médio e PEPS são aceitos pelo Ministério da Fazenda para cálculos do Imposto de Renda.  Aliás, esses são os únicos métodos que o MF aceita para esse fim.

Demais métodos somente devem ser utilizados para fins gerenciais da empresa.

Just in Time

Sua tradução significa “no momento exato” e ele foi desenvolvido com o intuito de reduzir os custos. Mas como isso é feito?

Na metodologia Just in Time, o nível de estoque é mantido em um nível mais baixo, apenas o suficiente para que a empresa consiga atender as demandas.

Os gestores precisam fazer um acompanhamento rigoroso dessa metodologia para que oportunidades de venda muito boas não sejam perdidas.

Afinal, se o produto estocado não possuir a quantidade necessária para atender aquela demanda a empresa perderá uma venda importante.

O pior é que muitos gestores acabam cometendo essa negligência quando utilizam esse método para a gestão de estoque.

Para que não haja falhas com ele é preciso ter fornecedores bons como parceiros da empresa.

Assim, todas as requisições que surgirem serão atendidas com o máximo de agilidade e com a frequência devida.

Curva ABC

O Método da Curva ABC tem como base três pilares fundamentais que são: giro, faturamento e lucratividade.

São eles que estabelecem a importância de realizar a manutenção em cada produto que se encontra em estoque.

Seguindo esses critérios é feita a classificação dos itens em estoque em três tipos:

Tipo A – Nessa classificação encontram-se as mercadorias que possuem maior importância bem como maior valor.

O controle absoluto se faz necessário já que são itens que possuem um valor mais alto para a empresa, mesmo que não sejam tão numerosos.

O giro é razoável, mas a lucratividade e o faturamento que proporcionam são altos.

Tipo B – Os itens que se encontram nessa classificação possuem valor médio e, por esse motivo, não é necessário aplicar um controle tão rigoroso como ocorre no Tipo A.

Entretanto, o controle ainda se faz necessário, pois é preciso checar a quantidade dos itens que estão em estoque, pois eles podem ser numerosos.

Tipo C – Nessa classificação encontram-se os itens que são avaliados com menor valor para a empresa e por esse motivo não necessitam de muitos mecanismos para o seu controle.

Aliás, nos inventários rotativos não é difícil de ocorrer sua exclusão, por exemplo.

O ideal é que sejam mantidos no estoque em pequenas quantidades. Assim, eventuais demandas podem ser atendidas sem problemas.

Gerir o estoque realmente é necessário?

Fazer a gestão de estoque é fundamental para qualquer empresa de qualquer setor e tamanho.

Existem várias razões para isso, como atender a demanda constante, reduzir custos e desperdícios, produzir sem interrupções e antecipar vendas.

Vamos entender um pouco melhor cada um desses motivos.

Atender a demanda constante

Toda empresa visa o lucro e para que ele seja gerado altamente o ideal é que seu estoque tenha a capacidade de atender a todas as demandas do mercado (ou pelo menos sua grande maioria).

A melhor forma de conseguir isso é através de muito planejamento e conhecer as tendências principais que o mercado apresenta.

Dessa forma os itens em estoque sairão com mais facilidade e girarão o capital de giro.

Afinal, qual é a empresa que quer ver seu estoque sempre repleto sem que nenhum item saia de lá ou saia com menos frequência do que gostaria?

Reduzir custos

Quando se possui estoque é possível estabelecer qual a quantidade de cada produto deve ficar armazenada e em quanto tempo sua reposição deve ser feita.

Isso é totalmente possível ao optar por fazer a gestão de estoque. Dessa forma, os custos com transportes podem ser reduzidos já que serão realizados com uma frequência menor.

Reduzir desperdícios

Quando o estoque passa a ser gerido e controlado torna-se possível determinar qual quantidade de materiais é a mais adequada para produzir o produto final.

Isso é feito deixando uma margem segura para atender a demanda que surgir.

O resultado disso? Os materiais que não forem trabalhados e que ficam ociosos no estoque ocorre em menor quantidade e frequência.

Produzir sem interrupções

A empresa ao adotar a gestão de estoque é capaz de manter a produção de forma constante.

Afinal, com essa gestão ela vai garantir que a matéria prima necessária para a confecção dos seus produtos esteja sempre disponível na quantidade ideal.

Isso vai permitir que sua demanda e metas diárias sejam entregues no prazo e com facilidade.

Antecipar vendas

Esta é mais uma das razões em optar por fazer a gestão de estoque. Através dela é possível fazer a antecipação do estoque de forma estratégica e visando atender certa demanda.

Gestão Estratégica para Resultados – Parte 2

Qual a importância disso?

Graças a essa estratégia a empresa pode continuar seus processos produtivos até nos momentos que haja escassez dos itens que são necessários para a produção e que elevam o preço consequentemente.

Conclusão sobre a Gestão de Estoque

A gestão de estoque promove uma série de benefícios para a empresa.

A redução de custos, reduzir custos e desperdícios, antecipar as vendas, produzir sem interrupções e um melhor controle dos itens armazenados.

Esses são apenas alguns ótimos exemplos do que pode acontecer a empresa ao adotar esse tipo de gestão.

Você já conhecia a gestão de estoque? Conhecia algum dos seus tipos de metodologia?

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