Os 5Ps da Estratégia: Confira o que é e como usar

Os 5Ps da Estratégia de Mintzberg foi criado no final dos anos de 1980, inicialmente a sua criação é justificada pela busca de ampliação da visão corporativa e das ações das empresas no mercado.

A imagem descreve como funciona os 5Ps da Estratégia de Mintzberg

Essa metodologia foi criada pelo professor e pesquisador canadense Henry Mintzberg que se debruçou sobre diversos estudos referentes às etapas estratégicas organizacionais.

O pesquisador já havia escrito vários artigos e livros relacionados às estratégias de gerência e de abordagens de negócios.

Dentre as suas publicações mais importantes, a mais citada é “A Ascensão e a queda do Planejamento Estratégico”, no qual o autor critica as práticas viciosas das empresas sempre repetidas no planejamento estratégico.

Em suas obras, o pesquisador sempre foi muito estudioso em relação à estratégia organizacional, e ressalta que ser estratégico não é somente uma responsabilidade da alta direção da empresa, mas de todos os setores.

Todos os setores precisam ser estratégicos e alinhados com os objetivos do negócio a respeito de cada tema e segmento de mercado. Dessa forma, a corporação encontrará novos caminhos para obter bons resultados.

Na aplicação dessa metodologia, os gestores podem enxergar melhor os caminhos de cada ponto estratégico correspondente a diferentes cenários de mercado.

O que são os 5Ps da estratégia?

Trata-se de uma ferramenta que considera o paradigma de um processo gestor que abrange o mix de marketing (4Ps), sendo que o conceito estratégico de Henry Mintzberg compreende o processo de forma complexa através de cinco bases: plan, ploy, pattern, position e perspective.

Segundo ele, essas cinco bases geram cinco possibilidades diferenciadas para formar o esforço estratégico para a empresa podendo agregar vantagem competitiva à corporação.

É muito importante compreender os conceitos fundamental de cada base e entender como implementá-los.

Aprimorando o esforço estratégico

Para aprimorar os esforços estratégicos, é importante levantar questões, cujas respostas poderão nortear novos esforços para fortalecer a empresa em seus novos projetos. A corporação pode levantar as seguintes questões:

– É forte a minha estratégia?

– Qual é a abordagem para o desenvolvimento de estratégia?

– Como alcanço proveito da estratégia?

Em muitos casos, não faz sentido desenvolver esforços estratégicos sem focar nos verdadeiros objetivos da empresa, percorrer um caminho sem saber onde precisa chegar poderá gerar perdas de tempo e de dedicação.

Também não faria sentido criar um esforço estratégico ignorando as reações dos concorrentes, do consumidor e dos colaboradores, desconsiderando a cultura das próprias empresas e suas forças competitivas.

É muito importante considerar a cultura organizacional e as capacidades da sua empresa. Sendo uma grande perda não utilizar os pontos fortes já existentes na empresa para implementar os passos necessários de cada tipo de projeto.

O pesquisador que criou essa ferramenta concorda que não é fácil acertar em determinadas estratégicas, sendo as cinco bases de sua metodologia importante para guiar os tomadores de decisão para vários tipos de processos e negócios.

Gerenciamento estratégico

Quando a empresa decide colocar seus esforços estratégicos em prática ela se envolve com a aplicação de conhecimentos, habilidades, ferramentas e técnicas às atividades de planejamento e, posteriormente, se dedica para a implementação do projeto seguindo determinada visão, metas e objetivos.

Através do gerenciamento, a empresa desenvolve uma estrutura mais consistente para o próprio gerenciamento, considerando cada fase do ciclo de vida do planejamento, desde a criação do produto até a entrega ao cliente final.

Dessa forma, são ferramentas que otimizam a missão do gerenciamento oferecendo maior segurança para os esforços, ajudando as empresas na superação de boa parte dos problemas e desafios que aparecerão em seu percurso no mercado.

Devemos ressaltar que cada informação adicionada no projeto deve considerar as cinco bases e devem ser detalhadas para as fases individuais e coletivas.

A importância do gerenciamento

Ao abordar sobre os 5Ps da Estratégia de Mintzberg, devemos primeiro conhecer os principais caminhos do gerenciamento de estratégia.

Nesse processo, vale lembrar que a aplicação dessa base independe da temática e da abordagem do perfil de planejamento, sendo adaptável em vários tipos de processos organizacionais, incentiva a captura de informações importantes para o plano estratégico, ajuda a manter vínculos com cada elemento do plano, permitindo fornecer melhor abordagem para o gerenciamento do ciclo de vida de um produto ou projeto.

A aplicação dessas bases ajuda no gerenciamento de riscos possíveis e ajuda a criar um planejamento dinâmico e propício às mudanças.

De modo geral, um gerenciamento proporciona o processo de monitoramento, análise e geração de qualidade para o projeto, dessa maneira permitindo vantagem competitiva e geração de novas forças de mercado.

Sobre os 5Ps da estratégia de Mintzberg

A imagem mostra as etapas da análise 5ps

Segundo a história recente, Mintzberg redigiria pela primeira vez sobre as cinco bases da estratégia em 1987. Cada uma das bases se refere a uma abordagem diferente do esforço estratégico, sendo eles:

  1. Plan (Plano);
  2. Ploy (Manobra);
  3. Pattern (Padronizar);
  4. Position (Posição);
  5. Perspective (Perspectiva).

Ao compreender sobre cada tipo de “P”, o empreendedor poderá desenvolver um esforço estratégico diferente que pode aproveitar os pontos máximos de cada recurso da empresa.

A seguir apresentamos o conceito fundamental de cada base para ampliarmos a compreensão.

1 – Estratégia como plano (Plan)

Sabemos que o planejamento costuma ser realizado pela maioria das empresas e seus responsáveis. Muitas vezes, ele pode surgir através de brainstorming para nortear ideias e passos iniciais importantes para a empresa e produto.

Para qualquer tipo de empresa, o planejamento é uma fase essencial do processo de formulação da estratégia corporativa.

2 –  Estratégia como manobra (Ploy)

Algumas manobras poderão ser inseridas no esforço estratégico de uma empresa. Segundo Mintzberg, a empresa poderá retirar o que puder de seus concorrentes: planejando, atrapalhando, dissuadindo, desencorajando ou influenciando.

Essas e outras atitudes podem fazer parte de um esforço estratégico. Além de um plano previsto, a manobra pode fazer parte de uma estratégia.

São táticas que podem ser percebidas quando um investidor lança produtos similares e mais populares para competir com os seus concorrentes menores que crescem em ritmo acelerados em mercados regionais.

3 – Estratégia como padrão (Pattern)

De forma deliberada, podemos considerar os planos estratégicos e as manobras como exercícios. O esforço estratégico pode surgir como um comportamento organizacional para abrir novos caminhos para consolidar negócios ou renovar objetivos.

Dessa maneira, a estratégia surge do comportamento organizacional, ao invés de vez de ser uma escolha intencional.

Para utilizar as bases do 5Ps da estratégia, é importante que a empresa observe os padrões de suas equipes e organização como um todo.

Deve se questionar se determinados padrões já são implícitos do planejamento e dos esforços estratégicos. Posteriormente, a corporação poderá avaliar os impactos de cada tipo de padrão e verificar a abordagem em todo o planejamento.

Nesse processo, a empresa poderá usar ferramentas como USP Analysis e o Core Competence Analysis. A corporação também pode inserir o VRIO Analysis para explorar recursos e ativos e atuar além dos padrões. 

4 – Estratégia como posição (Position)

Na aplicação das cinco bases, o conceito de “posição” também ajuda a definir estratégia. Se refere a como a empresa pretende se posicionar no mercado ajudando a explorar a adequação certa entre a empresa e seu ambiente de negócio.

Orientar no desenvolvimento de novas vantagens competitivas e sustentáveis.

Nesse caso, a estratégia pode inserir esforços para o desenvolvimento de produto de nicho para evitar a concorrência e ainda escolher se posicionar entre uma variedade de concorrentes diferenciando os seus serviços.

Ao repensar a posição estratégica, a empresa poderá compreender a sua real imagem no mercado em relação a todos os fatores externos. Dentre as ferramentas complementares, a instituição pode usar a Análise PEST, além das cinco forças de Porter para facilitar a análise do ambiente.

Dessa forma, essas ferramentas apresentarão quais as posições fortes e como identificar determinado tipo de problema.

Poderemos utilizar ainda a Análise de competência central, a Análise USP e a Análise VRIO para indicar uma posição competitiva de sucesso.

Outra ferramenta que poderá ser útil é a análise SWOT para a identificação de forças e oportunidades. Lembramos que mais de um P poderá ser combinado junto com o “position” podendo, por exemplo, combinar o “position” com a “manobra”.

O principal objetivo nas combinações é atingir o máximo de abordagens e geração de valor. 

5 – Estratégia como perspectiva  (Perspective)

Quando falamos em perspectivas estamos falando também em escolhas.

Assim, sabemos que os padrões de comportamento podem emergir como estratégia, sendo que os padrões de avaliação poderão moldar a perspectiva de uma organização e os fatores nos quais ela é capaz de fazer melhor.

Ressaltando que, algumas escolhas da empresa poderão impactar no esforço estratégico e na sua cultura organizacional.

Uma empresa poderá incentivar os seus colaboradores a assumir riscos e a buscar a inovação constante se concentrando em apresentar produtos e serviços inovadores para impulsionar cada passo de mercado.

A empresa poderá ainda enfatizar o processamento confiável de dados para reforçar os passos estratégicos perante o atual e futuro ambiente.

Utilizando a ferramenta de análise

Ao utilizar os 5 Ps da estratégia, devemos ressaltar que ele não refere somente um esforço estratégico isolado, eles devem ser considerados através de um variado ponto de vista que ajuda a empresa a considerar estratégias robustas e de sucesso.

Ao utilizar a ferramenta, temos três pontos presentes na execução que são bastantes essenciais:

Coleta de informações

A coleta de informações ajuda na condução das análises necessárias para o processo de desenvolvimento da estratégia garantindo a relevância de tudo.

Teste

Ao iniciar as ideias do projeto, é importante depois realizar testes comparativos para verificar se as mesmas são realistas, práticas e fortes.

Verificação final (cortando as arestas)

Através da verificação final, os gestores e responsáveis poderão avaliar os esforços estratégico previsto para procurar eliminar inconsistências e fatores excessivos.

Sendo assim, assim a aplicação dos 5Ps da estratégia de Mintzberg atingirá os reais problemas que poderão prejudicar a implementação de cada passo estratégico.

Sabemos que cada ponto de esforço será importante para superar problemas, erros, dúvidas e identificação de planejamento correto livre de inconformidades.

Como fica a análise no mercado atual?

Para o mercado atual, essa ferramenta tem sido cada vez mais estudada e compreendida. Depois que foram criados por Henry Mintzberg em 1987, a aplicação dessa ferramenta passou a se tornar popular no Brasil nos termos em português: Plano; Manobra; Padronização; Posição e Perspectiva.

Através do plano inicial, o esforço estratégico deve ser desenvolvido antecipadamente e com objetivos claros para fortalecer os propósitos da empresa.

Por meio da manobra, a aplicação estratégica ajuda para a superação da concorrência.

Usando e considerando a estratégia como padrão, podemos sempre compreender o que foi de fato bem sucedido no passado e o que poderá ser aproveitado para gerar novos resultados futuros.

Através da posição, o esforço estratégico revela a maneira como a organiza poderá se relacionar como ambiente competitivo e o que é possível ser feito para melhorar produtos com o foco de torná-los únicos no mercado consumidor.

Finalmente, na quinta etapa de aplicação dessa ferramenta, a perspectiva ajuda a fortalecer a influência que a cultura da empresa e seu pensamento coletivo poderá ajudar nos processos de tomada de decisão na corporação.

Conclusão

Portanto, Henry Mintzberg procurou propor novos conceitos mais fortes sem excluir a funcionalidade de outras ferramentas.

Todas as bases dos 5Ps da estratégia de Mintzberg não são excludentes, mas podem ser combinadas com alta compatibilidade.

Dessa forma, a estratégia como posição e perspectiva é perfeitamente compatível com o projeto, lembrando que a relação entre cada base poderá se tornar mais complexa com o passar do tempo.

Para alguns especialistas, ao enxergar a perspectiva da empresa, esta poderá ser considerada como um plano inicial, lembrando que procedimentos e posições são mutáveis e até mesmo dispensáveis. Por outro lado, as perspectivas são imutáveis.

Para o próprio Henry Mintzberg, o ato estratégico não é somente planejado, mas moldado a cada tipo de ambiente considerando as mudanças de comportamento e as posturas da equipe.

Vale a pena conhecer e estudar essa ferramenta da melhor forma possível e aplicá-la na empresa de modo profissional.

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