Metodologia DMAIC
Problemas em Projetos DMAIC é, sem dúvida, parte do desafio de usar uma das metodologias mais poderosas do Lean Six Sigma para resolver problemas complexos.
Estrutura, dados e disciplina são seus pilares, mas, na prática, quantas vezes vemos projetos fracassarem por erros que poderiam ser evitados?
Se você já se perguntou por que algumas iniciativas dão certo e outras viram um caos, este artigo é para você. Vamos destrinchar os principais tropeços em cada fase do DMAIC e, o mais importante: como contorná-los para não jogar tempo, recursos e dinheiro no lixo.
Fase DEFINIR: Quando a Ansiedade Sabota o Processo e cria problemas em projetos DMAIC
Logo no início, ainda na fase de Definir, muitos projetos já entram no caminho errado. O motivo? Pressa. A cobrança por resultados rápidos faz com que equipes queimem etapas, e partam para soluções antes mesmo de entender o problema de verdade.
O que fazer para não cair nessa armadilha?
Use o SIPOC para mapear o processo e o CTQ Tree para priorizar o que realmente importa.
Garanta que o Project Charter esteja bem desenhado, com escopo claro e metas realistas.
Alinhe expectativas com os stakeholders desde o início.
Frase-chave para defender essa etapa:
- “Se não sabemos exatamente qual é o problema, como vamos acertar na solução?”
Fase MEDIR: O perigo de dados não confiáveis
Na fase de Medir, o risco é enorme: trabalhar com dados duvidosos. E aí, qualquer decisão tomada a partir deles vira uma loteria.
Como evitar esse desastre?
Cheque a fonte dos dados. Eles são confiáveis ou foram coletados de qualquer jeito?
Faça uma Análise do Sistema de Medição (MSA) para garantir que suas métricas não estão cheias de ruído.
Não aceite números “porque sim”. Exija precisão.
Frase-chave para pressionar por qualidade:
- “Dados ruins levam a decisões ruins. Vale a pena arriscar?”
Fase ANALISAR: A tentação de atacar Sintomas
Aqui, o erro clássico é pular direto para soluções sem descobrir a causa raiz. Resultado? Você gasta energia corrigindo coisas que não resolvem o problema de verdade.
Ferramentas que salvam vidas nessa fase:
Diagrama de Ishikawa (ou “Espinha de Peixe”) para explorar todas as possíveis causas.
5 Porquês para furar a superfície e chegar no cerne do problema.
Análise de Pareto para focar no que realmente impacta.
Frase-chave para frear soluções prematuras:
- “Queremos matar a doença ou só aliviar a febre?”
Fase MELHORAR: Implementar no Escuro é Pedir para Falhar
Na fase de Melhorar, a pressão por resultados rápidos pode levar a equipe a pular a etapa de testes. Grave erro. Implementar sem pilotar é como lançar um produto sem protótipo.
Como fazer direito no DMAIC?
Teste em pequena escala antes de escalar.
Monitore os resultados com KPIs claros.
Esteja pronto para ajustar a rota se algo der errado.
Frase-chave para justificar os testes:
- “Prefere gastar um pouco mais de tempo agora ou muito mais dinheiro depois?”
Fase CONTROLAR: Onde Tudo Pode Desmoronar
A última fase do DMAIC, Controlar, é onde muitos projetos morrem. Afinal, de nada adianta ter feito tudo certo se as melhorias não se sustentam.
O que garante a perenidade dos resultados no DMAIC?
Padronize os novos processos.
Crie dashboards para monitoramento contínuo dos KPIs importantes.
Treine a equipe para que as mudanças virem rotina.
Frase-chave para evitar o abandono pós-projeto:
- “Se não medimos, não controlamos. Se não controlamos, não melhoramos.”
Dizer “Não” é Parte do Trabalho
Um dos maiores desafios para quem lidera projetos DMAIC é saber dizer não. Seja para prazos irreais, dados mal coletados ou soluções improvisadas, é preciso firmeza.
Veja alguns exemplos de como agir:
Conclusão:
O DMAIC Exige Coragem, Não Só Técnica
Dominar as ferramentas é importante, mas o verdadeiro diferencial está na postura.
Questionar, validar, testar e, quando necessário, frear decisões precipitadas. Os erros mais comuns no DMAIC não são falhas da metodologia, mas sim as falhas humanas. E, justamente por isso, podem ser evitados.
Caso queira veja: Harvard – Root Cause Analysis