Você sabe o que é DMADV?

O termo DMADV vem se tornando mais comum no Brasil nos últimos anos, no entanto, muitos empreendedores e profissionais desconhecem seu significado. Isso pode ser um grande problema para empresas que buscam um eficiente posicionamento de seus produtos no mercado.

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O motivo? O DMADV é uma das importantes frentes de eficiência dentro do que conhecemos como Seis Sigma ou Six Sigma (6Sigma), como é chamado originalmente.

Sabendo disso, portanto, apresentamos aqui de maneira detalhada e didática tudo o que você precisa saber sobre o assunto. Acompanhe.

DMADV: São as etapas da metodologia Design for Lean Six Sigma

Conforme sugerimos inicialmente, o DMADV na verdade tem uma grande ligação com o Lean Seis Sigma. Essa afirmação, no entanto, pode gerar uma certa confusão na mente de quem já conhece o conceito Lean Six Sigma. A razão é que de modo geral, ela utiliza o método DMAIC.

Todavia, essa questão é facilmente esclarecida. O DMAIC, que de fato é o mais comum dentro do Six Sigma, na verdade é utilizado em um sentido amplo para melhorar desempenho.

Seu objetivo é proporcionar redução na variabilidade e auxiliar na otimização de processos que já existem.

Já o DMADV, por sua vez, é a sigla utilizada para representar as etapas da metodologia Design for Lean Six Sigma. Nesse caso, apesar dela ser criada com as premissas do Seis Sigma, ela se concentra em processos futuros.

Isso inclui o desenvolvimento de novos produtos, processos ou serviços seguindo sempre as diretrizes e requisitos determinados pelo cliente. Ele é utilizado sempre que uma melhoria, ajuste ou criação de um produto novo é solicitado.

Esclarecida essa parte, é hora de compreender como o método se comporta na prática. Para isso, nos próximos tópicos vamos “abrasileirar” os termos da sigla DMADV (Define, Measure, Analyze, Design e Verify), explicando cada etapa detalhadamente.

Define

Nessa primeira etapa, a meta é estabelecer o que é exatamente o produto, processo ou serviço que será desenvolvido.

A primeira fase desse planejamento, por assim dizer, é justificar a necessidade de se criar esse projeto. Isso facilita as demais etapas, afinal, a razão de existir de um produto ajuda definir seu sucesso.

Ainda nessa etapa, é importante estabelecer qual será o cronograma do projeto. Isso é fundamental para saber exatamente a duração do processo, da concepção até a entrega e lançamento do produto no mercado.

É aqui também que se analisa qual o potencial que o produto tem para fazer sucesso no mercado. Isso sem contar que é preciso observar qual a viabilidade para sua criação e quanto de recurso o projeto vai demandar.

Medir

Nessa segunda fase do DMADV, o objetivo é observar quais são as necessidades dos potenciais clientes e consumidores. Isso deve ser feito de modo que as informações ajudem a criar características críticas que ajudem a mensurar a qualidade do produto.

Em outras palavras, esse é o momento de entender a persona para a qual o produto será direcionado. É preciso compreender as suas necessidades para procurar atendê-las com a criação do projeto.

Analisar

Aqui na terceira fase, o foco se concentra em escolher o conceito que melhor se encaixa na ideia do produto entre as alternativas que foram criadas.

Isso significa reunir as ideias que foram apresentadas e escolher a que melhor define o produto pretendido com base nas informações coletadas anteriormente.

De modo geral, a análise deve se desenvolver de modo a definir a melhor opção, mas sem deixar de lado as variações, elas podem ser úteis posteriormente.

É também aqui que se inicia a projeção efetiva do protótipo do produto (ou simulação em caso de serviço ou até um modelo de teste).

Além disso, é nessa fase que se verifica o preparo da empresa para a fabricação e atuação com o produto pretendido. Se observada a necessidade, será preciso remodelar a ideia ou até refazer o processo para que o conceito do produto atenda a realidade da empresa.

Desenhar

Com tudo definido, chegamos na fase do DMADV em que as ideias enfim são traduzidas em realidade. Essa é a etapa onde o produto será desenhado e desenvolvido. Além disso, será preciso proceder com uma série de testes para preparar a produção em pequena e larga escala.

É aqui também que a revisão financeira do projeto acontece. Nesse momento, portanto, é preciso analisar como os recursos serão utilizados para produção, fornecimento e marketing.

Isso significa que essa é a ocasião para visualizar todas as possibilidades em relação ao projeto que está sendo executado, o que inclui o planejamento para o lançamento do produto.

Verificar

Por fim temos aqui a última etapa, onde o objetivo é testar o produto já pronto e validar as possibilidades para o seu lançamento.

Nessa etapa ocorre também a validação dos testes feitos na etapa do “Desenho” efetivo do projeto. Isso é importante porque a partir daí sairá a produção em grande escala.

É importante notar ainda que, também faz parte dessa etapa o pós-lançamento. Este processo, por sua vez, significa acompanhamento dos feedbacks recebidos e realização de eventuais ajustes. Trata-se de uma constante avaliação de performance e busca por aperfeiçoamento.

Quando usar o DMADV em vez do DMAIC?

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Agora que você já compreendeu o que é o DMADV, é hora de voltarmos à questão inicial sobre a utilização desse método em detrimento do DMAIC. O objetivo aqui é concluir o assunto deixando claro quando um ou outro deve ser utilizado.

De modo geral, portanto, conforme já foi sugerido, o DMADV é o mais indicado a processos relacionados a criação de novos serviços ou produtos. Todavia, isso não significa que não possa ser utilizado para melhorar processos existentes.

Em casos onde o DMAIC não se mostrar razoável, como por exemplo, no desenvolvimento de uma variação peculiar de um produto, o DMADV também pode ser útil.

Na maioria das vezes, porém, o DMAIC é mesmo o mais recomendado para questões onde o produto ou processo já existe e o objetivo é a melhoria.

Para saber exatamente qual metodologia utilizar ou até como utilizar cada uma, no entanto, o mais indicado é recorrer a profissionais experientes na área.

São os casos dos que atuam como Black Belt ou Master Black Belts, por exemplo. Outra possibilidade é a realização de cursos pautados em Lean Six Sigma.

 

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